BATERIAS

 

Uma bateria é basicamente um acumulador de energia elétrica na forma de energia química, donde vem a denominação, quase desconhecida hoje, de BATERIA DE ACUMULADORES. Algumas pessoas mais maduras ainda se lembram de publicidades antigas que se referiam a elas na forma "ACUMULADORES ABCD" , visto que realmente ela um conjunto, uma coleção, uma bateria de células acumuladoras.

Basicamente, uma célula acumuladora elementar do tipo chumbo-ácido, ou elemento da bateria, é capaz de oferecer uma tensão de 2 Volts. Juntando então várias células, chegamos à tensão de 12 Volts, atualmente padronizada nos veículos automotores terrestres. Até um tempo não muito distante (por volta de 1967), ainda podíamos ver veículos saindo de fábrica com sistemas elétricos de 6 Volts.

Não entrando no mérito das novas baterias seladas e de algumas com eletrólito gelatinoso, podemos ter em mente que cada elemento, cada célula de bateria é um conjunto de placas positivas e negativas (grandes de chumbo impregnadas de chumbo - negativa - e peróxido de chumbo - positivas - de forma porosa, compactados sobre as respectivas grades), separadas fisicamente umas das outras por placas isolantes, e imersas num eletrólito (solução de caráter ácido) que propicia a reação química entre ele e as placas, quando as mesmas se acham fisicamente interligadas por fora da bateria, causando o fluxo de eletricidade pelo circuito externo a ela.

 

Ufa! Que explicação complicada, não é?

Mas é assim que funciona.

 

Muito bem. Agora imagine-se ao volante do seu magnífico veículo zero quilômetro, circulando por essa ruas esburacadas do Rio de Janeiro, cheias de quebra-molas. Aqueles solavancos que você sente no traseiro também são transmitidos aos componentes do veículo, inclusive à bateria. Ao longo do tempo, as vibrações provocadas pelos solavancos e outras fontes vão promovendo a desagregação de partículas minúsculas das placas, as quais vão se acumulando no seu fundo, até que começarem a provocar curto-circuito entre as bordas inferiores das placas, inutilizando a célula, determinando o fim da bateria. Diante disso, é de bom alvitre evitar-se trafegar por ruas esburacadas em velocidades que nos façam sentir intensa vibração pois o que nós sentimos também será "sentido" pela bateria. Com isso estaremos alongando a sua vida.

Importante cuidado, também, é a inspeção periódica do nível do eletrólito em cada célula da bateria. O nível do eletrólito abaixa devido à evaporação da água da solução e o restabelecimento desse nível deve ser feito exclusivamente com água destilada. A água potável contem sais minerais que podem reagir com o eletrólito e causar danos irreversíveis à bateria, diminuindo drasticamente a sua duração. As placas devem estar completamente imersas no eletrólito, mas CUIDADO! O nível do eletrólito não deve estar muito alto sob o risco de vazamento do mesmo pelo respiro das tampas nas oscilações mais fortes do veículo. Além da perda de eletrólito pode-se amargar ainda a destruição da pintura e corrosão das partes metálicas nas áreas atingidas pelo eletrólito perdido. As boas baterias possuem indicadores de nível máximo no interior de cada célula, o que auxilia nessa verificação.

NÃO DEIXE DE VERIFICAR, PERIODICAMENTE, O NÍVEL DO ELETRÓLITO DE SUA BATERIA

Não deixe, também, de inspecionar o invólucro da bateria, na busca de vazamentos devidos a fissuramentos, junções mal seladas e outros.

Ligado também à boa saúde da bateria estão o estado do gerador e do seu respectivo regulador de carga, mais conhecido como regulador do gerador ou, para os mais antigos, regulador de voltagem e corrente.

 

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