GERADORES

 

Quando uma bateria fornece energia elétrica, simultaneamente se exaure a sua reserva de energia química, a qual deve ser reposta. Os geradores são responsáveis pela reposição da energia fornecida pela bateria a todos os circuitos consumidores do veículo. Antigamente os geradores eram DÍNAMOS que produzem energia elétrica diretamente na forma de corrente contínua, a popular CC para os eletricistas. Atualmente os geradores são ALTERNADORES, que passaram a ser usados pelas várias vantagens que eles oferecem em comparação com os dínamos, a saber:

 

O alternador, como o nome já indica, gera eletricidade na forma de corrente alternada, a popular CA para os eletricistas. Entretanto, como os consumidores do veículo só funcionam com corrente contínua, os alternadores possuem um sistema de retificação que transforma a corrente alternada em corrente contínua. Esse sistema de retificação está geralmente anexo ao regulador de carga que, hoje, é totalmente transistorizado, sem qualquer parte móvel. No passado, os reguladores de carga, que chegaram a funcionar nos primeiros alternadores, eram dispositivos com bobinas e platinados móveis que, com o tempo, se desgastavam e exigiam muito freqüentes reparos e substituições.

Mas, apesar do progresso alcançado com os alternadores, o alternador precisa ser inspecionado periodicamente para se verificar a sua eficiência, em termos de capacidade de geração, e as condições dos seus componentes que são sujeitos a desgaste (escovas e coletores do rotor excitador e rolamento).

Nossa! Que coisa complicada!!! Mas é assim que funciona!

Num alternador existem dois componentes principais, a saber:

 

O estator é um conjunto de bobinas estáticas que são atravessadas pelo campo magnético girante que induz a energia elétrica gerada. É de caráter trifásico e se acha fixado numa armadura de ferro doce que se situa entre as suas tampas principais.

O rotor é constituído de uma bobina monopolar, única, que é alimentada pela própria bateria no início do funcionamento do motor, envolvida por uma armadura multipolar, ambas montadas sobre um eixo que se acha apoiado sobre dois mancais de rolamentos, um pequeno na tampa traseira, e outro maior na tampa dianteira, no lado em que se fixa a polia de acionamento. O rotor possui um par de anéis de cobre que se constituem em dois coletores onde se ligam as extremidades da bobina girante, sobre os quais deslizam duas escovas de carvão que servem de contato entre o regulador do gerador e a bobina girante. Junto da polia também existe uma espécie de ventilador que força a circulação de ar no interior do alternador, a fim de eliminar o calor residual.

No interior da tampa traseira do alternador geralmente se encontra o sistema de retificação de corrente, trifásico, composto de três diodos positivos fixados numa placa positiva, e três diodos negativos fixados à própria tampa, transformando a corrente trifásica numa corrente continua pulsante. Esse sistema de retificação se acha situado entre as extremidades das bobinas do estator e os terminais positivo e negativo do alternador.

Ainda encontramos, fixado à tampa traseira do alternador, um circuito de regulagem de carga, o qual avalia os valores de tensão e intensidade da saída do alternador e modulam a corrente que vai alimentar a bobina girante, mantendo o valor da tensão aplicada sobre a bateria entre 13,9 V e 14,2 V, em geral.

Todos esses aspectos devem ser observados na inspeção e avaliação do estado do sistema de carga, que é como denominamos o sistema do alternador. Periodicamente deve-se testar os diodos para se ver se todos estão funcionando corretamente, inspecionar o estado e tamanho das escovas, avaliar o estado e possível folga dos rolamentos de apoio do rotor e medir os valores de tensão e intensidade do alternador com o motor em funcionamento.

Inspeciona-se também o estado da correia de acionamento, em busca de rachaduras e outras avarias.

 

 

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